Da arte Rupestre às
sombras chinesas, as primeiras formas amplas de comunicação.
Arte
Rupestre
Arte rupestre é o nome que se dá às mais antigas representações pictóricas conhecidas, até agora as mais antigas do período Paleolítico Superior foram gravadas em abrigos, cavernas, nas paredes e nos tectos rochosos e também em superfícies rochosas ao ar livre, em lugares protegidos.
Na vida do Homem pré-histórico tinha lugar a Arte e o espírito de conservação daquilo de que necessitava. Estudos arqueológicos demonstram que o Homem da Pré-História já conservava, além da cerâmica, armas e utensílios trabalhados na pedra, nos ossos dos animais que abatiam e no metal.
Sombras
Chinesas
Existe uma
lenda chinesa a respeito da origem do teatro de sombras, a lenda é do ano 121,
onde o imperador Wu Ti, desesperado com a morte da sua bailarina favorita, ordenou
ao mago da corte que a trouxesse de volta do “Reino das Sombras”, caso
contrário, seria decapitado. Esse mago usou a imaginação e através de uma pele
macia e transparente de peixe, preparou a silhueta de uma bailarina. Depois de
tudo pronto o mago ordenou que no jardim do palácio, uma cortina branca contra
a luz do sol e que deixasse transparecer essa luz deveria estar lá posta. A
apresentação foi acompanhada por uma flauta que “fez surgir a sombra de uma
bailarina movimentando-se com leveza e graciosidade.” A partir daí surgiu o
teatro de sombras.
O
que são as Sombras Chinesas?
Os bonecos animados começaram à cerca de dois mil anos, neste
assunto dizem que as sombras foram o primeiro tipo de boneco a ser utilizado
para teatro. As sombras Chinesas são figuras recortadas tradicionalmente em
couro e hoje em dia são mais usadas em cartão liso ou acetato. Estas figuras
são presas por arames e encostadas a um “ecrã” translúcido que imite uma luz.
O teatro de sombras é de uma grande beleza e
embora seja um dos teatros de bonecos menos divulgado, é extremamente
apreciado, tendo sempre grande número de espectadores.
O
princípio da “câmara escura” e da lanterna mágica
Câmara escura:
É um
fenómeno que se deve à propagação rectilínea da luz. É um aparelho óptico, que
esteve na invenção da fotografia no início do século XIX. Consiste numa caixa
ou sala com um buraco no canto de onde a luz sairá e atingirá uma superfície
interna, onde é reproduzida a imagem invertida.
A primeira câmara foi construída em meados do
século VI e no século XI, foi usado para aplicar atributos geométricos e
quantitativos. Algumas câmaras escuras foram construídas como atracções
turísticas, embora poucas existam ainda hoje. Em Lisboa, no Castelo de S.
Jorge, existe uma câmara escura com periscópio gigante, através do qual é
possível observar imagens da cidade em movimento.
Lanterna mágica:
A Lanterna mágica consiste num instrumento que
projecta imagens registadas em suporte transparente. Estas imagens são imóveis,
sendo a sua deslocação no interior do projector o único artifício de movimento
projectado numa tela.
A evolução da técnica de registo (Daquerre e Talbot)
Daguerre:
No proguessimento dos experimentos
fotográficos de Niépce, a descoberta decisiva foi Louis Daguerre, que em 1853
apanhou uma placa revestida de prata sensibilizada com iodeto de prata, que
apesar de exposta não, apresentava vestígios de imagem. Em 1837 o processo
ainda tinha grandes problemas, o longo tempo de exposição, entre 15 e 30
minutos, a imagem era invertida e o contraste muito baixo. A imagem formada na
chapa, depois de revelada, continuava sensível à luz do dia e rapidamente
desaparecia. Mas este problema foi corregido, mergulhando as chapas reveladas
numa solução aquecida em sal de cozinha, obtendo assim uma imagem inalterável.
Talbot:
William Henry Fox-Talbot começou as suas pesquisas
fotográficas tentando obter cópias por contacto de silhuetas de folhas, plumas,
rendas e outros objectos. O papael era mergulhado em nitrato e cloreto de prata
e depois de seco, fazia contacto com os objectos obtendo-se uma silhueta
escura. Em 1835, Tlbot construiu uma pequena câmera de madeira, que foi
carregada com papel de cloreto de prata e de acordo com o objectivo utilizado,
era necessário de meia à uma hora de exposição. A imagem era negativa e fixada
em sal de cozinha e submetida a um contacto com outro papel sensível. A cópia
apresentava-se positiva se a inversão lateral.
O instantâneo fotográfico de Archer
Archer:
Archer
nasceu na Grã-Bretanha em 1813, dedicava-se à gravura e a escultura, onde cedo
se interessou pelo processo fotográfico. Em 1847 realizou fotografias dos seus
desenhos de gravura. Mais tarde, dá a conhecer a todos os seu trabalho que
revolucionou o mundo da fotografia, que era bem mais rápido do que o
Daguerreótipo e com uma grande vantagem, quanto à exposição, esta era bem mais
curta.